A primeira reação que tive foi sentir-me n'O mundo de Sofia'. Ainda que minha história não estivesse sendo escrita por ninguém, só o fato de o mundo que percebemos estar de cabeça pra baixo e de nada garantir que o que vemos ser verdade foi suficiente para liberar minha imaginação - não que a aula ser de física contribuísse pra isso, jamais!
Pensei, depois, na Caverna, já que a "realidade" poderia ser apenas a sombra do que existe mesmo. Acabei concluindo, no entanto, que não é necessária física alguma para mostrar que estamos, sim, invertidos. Com os valores invertidos, pelo menos, pois toda essa frieza e indiferença não podem ser normais numa sociedade que se diz evoluída.
Estamos, no mínimo, letárgicos para deixar as coisas acontecerem - ou não fazer com que elas aconteçam - com tanta naturalidade. Como diz um poeta potiguar, balance a rede do mundo, que o mundo está dormindo. Ou invertido.
"Se estivesse acordado
Deixaria acontecer
Uns poucos querendo mais
Com terra, grana e poder
E outros pedindo um pouco
Sem ter um pão pra comer?
Balance a rede do mundo
Que o mundo está dormindo."
Deixaria acontecer
Uns poucos querendo mais
Com terra, grana e poder
E outros pedindo um pouco
Sem ter um pão pra comer?
Balance a rede do mundo
Que o mundo está dormindo."
Esta capacidade de ver o mundo nas situações mais improváveis, produz um tipo de ser rarissimo nos dias atuas: O SER HUMANO.
ResponderExcluirVocê é um destes seres. Que o mundo te transforme sempre, sem roubar de ti esta essência tão preciosa.
Viu, Camila, física também é filosofia! Kkkkk.
ResponderExcluirQuando li, lembrei de um filósofo chamado Hume, que tem umas teorias sobre o hábito. E é incrível essa força que faz com que o sentido inverso vire o direto (e não falo de equilíbrio químico, viu Aluísio?).
Tudo fica tão normal que buscar o certo é para fracos.
Pois, me desculpe. Sou fraca. Mas a pouca força que tenho, tento usar para balançar essa rede.