sábado, 8 de maio de 2010
É de lei
Ao chegar ao fim da segunda parte da empreitada para tirar a Carteira de Habilitação, as aulas de Legislação, fico imaginando o que passa pela cabeça de quem as faz obrigatórias. Lógico que é necessário ter uma noção do que se passa no Código de Trânsito, mas daí a decorar as infrações - que, normalmente, continuam a ser cometidas -?
O pior é que, se o objetivo é conscientizar, ele vai por asfalto abaixo. Como se costuma fazer após uma avaliação, esquece-se do que foi estudado, principalmente, na prática. Prova disso são as altas taxas de morte no trânsito. Será que toda essa burocracia é, de fato, a solução?
O ditado "santo de casa não faz milagre" é verdadeiríssimo no Brasil. Décadas depois dos estudos de Paulo Freire, inclusive ressaltando a importância da autonomia do aluno, ainda se insiste na imposição das determinações, sem diálogo algum. Em um local onde, ao invés de preocuparem-se em mudar a lei, os "cidadãos" preferem buscar meios de dar um jeitinho e burlá-la, é, realmente, muito mais conveniente.
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Querida Camila.
ResponderExcluirEstes cursos trazem no seu nascedouro uma boa idéia.
Mas como tudo no Brasil,
acaba sendo disvirtuado por não conseguirem
dar um sentido
ou apontarem um sentido
para o grave problema do trânsito brasileiro.
Imagino que se nas salas de aula,
os alunos aprendessem sobre trânsito desde jovens,
aprendessem a respeitar o outro,
e a usar outras formas de transporte para poupar o planeta,
estes cursos valeriam a pena.
Que a vida esteja plena em ti.
É aquela velha história: decoramos a matéria para a prova, ao invés de aprendê-la. Em seis anos de faculdade, as cadeiras em que mais aprendi foram as que eu tive de fazer trabalhos de pesquisa, nunca as que apenas tinham provas.
ResponderExcluirE, de fato, qual a necessidade de se decorar todas as infrações de trânsito? Tirando a proibição de se andar a mais de 60km/h nas vias principais das cidades e o respeito à faixa de segurança, muitas vezes dependemos de sinalização para saber o que é ou não infração num determinado trecho.
Claro, isso depende que as autoridades municipais mantenham a cidade bem sinalizada, o que já é outro problema...