Cada um tem o direito de ir aonde quiser, de frequentar os lugares que desejar - e vai-se criando uma população que só conhece o próprio umbigo -, mas que se mantenha, ao menos, a coerência. Duvido que esse pai de família nunca tenha estado em ambientes como o que agora quer afastar. Vai ver que é o mesmo rapaz que, há alguns anos, fumava maconha porque todo mundo o fazia.
Não quero dizer que as posições não possam ser revistas, mas sem falso moralismo. Uma violência muito maior que contemplar a vida boêmia é a frieza cotidiana, por exemplo. Presenciar o pai pensando em cianureto - e a mãe sonhando com formicida - é bem mais traumatizante que o contato com a vida real. O preocupante é que o atual filho terá sua família daqui a alguns anos, quiçá, carregando os mesmos vícios - constantemente, encarados como virtudes -.
O pai dá um tapinha no filho para que "ele fique longe daquilo porque é muito perigoso", mas aí chegando em casa liga a televisão, que é só estímulo à violência e ao consumismo. Acaba de surgir mais um "filho de apartamento"...
ResponderExcluirsão poucos os boêmios que duram a vida toda... os poucos que conseguem tal proeza geralmente são artistas ou ícones cariocas, já que boa parte fuma e bebe e fode de tudo na faculdade, com o mais sincero ideal de viver na curtição para sempre, para alguns anos depois tombar na rotina ou em trabalhos insignificantes, em vidas pequenas. Chegam a ser piores que os naturalmente "quietos" e "médio-classistas" porque fracassaram: conseguiram apenas algumas "histórias bobas que é melhor a gente esquecer"
ResponderExcluirSó deixando claro que a idéia não é fazer uma apologia à bebida, droga ou outras coisas. A idéia foi falar um pouco da hipocrisia que nos permeia...
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