sábado, 2 de janeiro de 2010

Alegria fugaz

Juro que tentei fazer um texto saudando o novo ano, num clima de euforia, mas o máximo que consegui foram alguns trocadilhos com a música "semente do amanhã". Por sinal, vergonhosos. Então, é o jeito contentar-se com a única coisa que sei escrever: algumas ácidas linhas.
Sempre fico meio melancólica em finais de ano, vai ver que é a causa da minha antipatia para com o reveillon. No deste ano, ela aumentou infinitas vezes, tanto por conta das atrações para a festa a que fui - na qual só escapavam os antigos integrantes do Legião Urbana -, como pela impossibilidade de comunicação, que quase frustrou a salvação da minha noite.
Há, ainda, as promessas - normalmente esquecidas após as comemorações -, e que vejo com muita desconfiança. Não aceito que só pensemos em renovação uma vez ao ano, enquanto o mundo nos apresenta novos desafios cotidianamente. Pois revoltei! Resolvi que a minha promessa é não tê-la, revendo as atitudes e concepções diariamente, para evitar virar o que mais abomino e acabar vivendo como nossos pais. Na verdade, isso acaba sendo meu grande compromisso, apesar do meu pé atrás com eles.
Um ótimo ano, ainda que um pouco atrasado!

Ah, aos que me acompanharam e gostaram, muito obrigada, espero não perder a mão. Aos que viram e não gostaram, obrigada também, afinal, vocês sabem o que se diz das unanimidades.

6 comentários:

  1. Revolução de fim de ano parece regime de segunda, ainda bem que temos pessoas antenadas para sacarem as jogadas mirabolantes do capetalismo..... Feliz 2010...

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  2. Hei linda,

    Você está numa fase pré-estóica ou pré-cínica?
    Dezessete e já nessa?
    Te cuida (sem exagero), pois a síndrome 'não-entendo-o-mundo-e-começo-a-chorar-quando-lembro-daquela-do-Renato-Russo-mas-a-Mallu-Magalhães-também-é-legalzinha não leva a nada não...
    E mais, esse negócio de 'vejo as pessoas isso, vejo as pessoas aquilo' é análise de quem não desmamou do Toddynho das obviedades. Os resultados podem ser ruins, verdade.

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  3. Ótima promessa! Desta forma, fazes companhia ao Luiz Fernando Veríssimo, que em uma crônica genial sobre as "resoluções de Ano Novo", disse que a resolução de Ano Novo dele era "não mais fazer resoluções de Ano Novo"...

    Eu gosto de Ano Novo mais porque é festa "ao ar livre", sem a necessidade de reunir família como o Natal (eu me divirto em reuniões da minha família, mas prefiro algo menos forçado). Porém, esse ano passei o Ano Novo em casa mesmo, jogando video-game com o meu irmão! Me diverti bastante, apesar de perder todas, hahaha!

    Quanto às renovações, o Ano Novo em geral nos induz a pensar nelas, mas acabam esquecidas após a bebedeira da meia-noite... E digo mais: as grandes mudanças da minha vida nunca começaram numa noite de Ano Novo. Até porque muitas vezes mudamos por necessidade, e não por tê-la desejado.

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  4. esse marcos vinicius sabe o que diz...

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  5. mulher solteira procura:7 de janeiro de 2010 às 17:14

    o ano novo é isso aí, uma possibilidade de mudar para o populacho, ainda que totalmente ilosória e ineficaz. mais um carinho na cabeça, reconfortando as pessoas por terem inutilizado a vida com trivialidades e estabelendo uma data pra mudar, pra ter esperança, pra não ser tão merda. e, como qualquer opióide, movido a bebida, música ruim e tradições estúpidas. eba, feliz ano novo

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  6. Querida amiga.

    Não existe ano novo, sem atitudes novas.
    Penso que o novo ano começa, quando descobrimos um sentido para a vida, e nos dedicamos a colocá-lo em prática, modificando para melhor o mundo.

    Grande abraço e muitas alegrias pela vida.

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